Compartilhamento de conteúdos em redes P2P causa perdas de lucros de até 7% em países onde filme demora para ser lançado.
Pirataria na internet é um assunto que tem recebido muito destaque na imprensa nas últimas semanas e causa grandes perdas os detentores de direitos autorais. Mas pesquisadores afirmam que o maior inimigo das vendas pode ser o
intervalo de tempo entre o lançamento de um filme nos Estados Unidos e quando ele chega ao exterior.
Um estudo recente conduzido por pesquisadores do Wellesley College e da Minnesota University focou na pirataria online desde que o BitTorrent apareceu, em 2003, e os resultados foram reveladores.
O que eles realmente descobriram é que o atraso dos lançamentos – não tanto o compartilhamento de arquivos via redes peer-to-peer – é o que pode afetar os caixas dos estúdios.
“Não vemos evidências de elevadas perdas de vendas após o lançamento do BitTorrent, e sugerimos que o atraso da disponibilidade legal de conteúdos no exterior pode levar a perdas relacionadas à pirataria”, afirmaram os autores no estudo.
Quando um filme é lançado em Nova York, as pessoas de outros países precisam esperar semanas, e até mesmo meses para que o conteúdo esteja disponível.
É esse atraso que se correlaciona a uma perda de 7% de receita no exterior provocada pela possibilidade de pirataria por meio do BitTorrent. Em contraste, nos Estados Unidos não foram encontradas reduções de vendas desde a popularização das redes P2P.
Os pesquisadores apontaram, na versão completa do estudo, que três fatores impedem que um filme seja lançado ao mesmo tempo em diversos países.
Primeiro, nem todos os cinemas utilizam tecnologia digital para facilitar uma distribuição mais rápida; muitas salas de cinema ainda dependem de impressões de película que têm alto custo de produção e por isso, os cinemas precisam compartilhá-las.
Segundo, existem muito mais salas de cinema nos Estados Unidos do que em outros países, por isso, muitos habitantes do exterior simplesmente não têm acesso ao filme original enquanto está em cartaz. E terceiro, grande parte da publicidade dos filmes se deve a atores viajando para assistir às estreias em diversas cidades. Claramente, os atores não são onipresentes.
Com o passar do tempo, o primeiro obstáculo desaparece, já que mais cinemas devem empregar a tecnologia digital. E quem sabe, talvez Hollywood possa um dia descobrir uma fórmula para utilizar projeções holográficas de celebridades para salas de cinema distantes para acelerar o processo de promoção.
Entretanto, a pirataria online é uma questão polêmica que organizações como a Motion Picture Association of America e a Recording Industry Association of America estão conduzindo de forma dura e rápida.
Apesar de todo o recente drama, algumas pessoas esperam que a internet continue livre, permitindo que a indústria do entretenimento para ganhe mais dinheiro. Como a PC World dos EUA informou recentemente, o proeminente capitalista de risco Fred Wilson, que tem laços com o governo dos Estados Unidos e com a indústria de tecnologia, está sonhando com um novo quadro de parcerias de indústrias de conteúdos.
"Nós podemos ajudar uns aos outros", escreveu Wilson.
Por PC World (US)
(Christina DesMarais)
intervalo de tempo entre o lançamento de um filme nos Estados Unidos e quando ele chega ao exterior.
Um estudo recente conduzido por pesquisadores do Wellesley College e da Minnesota University focou na pirataria online desde que o BitTorrent apareceu, em 2003, e os resultados foram reveladores.
O que eles realmente descobriram é que o atraso dos lançamentos – não tanto o compartilhamento de arquivos via redes peer-to-peer – é o que pode afetar os caixas dos estúdios.
“Não vemos evidências de elevadas perdas de vendas após o lançamento do BitTorrent, e sugerimos que o atraso da disponibilidade legal de conteúdos no exterior pode levar a perdas relacionadas à pirataria”, afirmaram os autores no estudo.
Quando um filme é lançado em Nova York, as pessoas de outros países precisam esperar semanas, e até mesmo meses para que o conteúdo esteja disponível.
É esse atraso que se correlaciona a uma perda de 7% de receita no exterior provocada pela possibilidade de pirataria por meio do BitTorrent. Em contraste, nos Estados Unidos não foram encontradas reduções de vendas desde a popularização das redes P2P.
Os pesquisadores apontaram, na versão completa do estudo, que três fatores impedem que um filme seja lançado ao mesmo tempo em diversos países.
Primeiro, nem todos os cinemas utilizam tecnologia digital para facilitar uma distribuição mais rápida; muitas salas de cinema ainda dependem de impressões de película que têm alto custo de produção e por isso, os cinemas precisam compartilhá-las.
Segundo, existem muito mais salas de cinema nos Estados Unidos do que em outros países, por isso, muitos habitantes do exterior simplesmente não têm acesso ao filme original enquanto está em cartaz. E terceiro, grande parte da publicidade dos filmes se deve a atores viajando para assistir às estreias em diversas cidades. Claramente, os atores não são onipresentes.
Com o passar do tempo, o primeiro obstáculo desaparece, já que mais cinemas devem empregar a tecnologia digital. E quem sabe, talvez Hollywood possa um dia descobrir uma fórmula para utilizar projeções holográficas de celebridades para salas de cinema distantes para acelerar o processo de promoção.
Entretanto, a pirataria online é uma questão polêmica que organizações como a Motion Picture Association of America e a Recording Industry Association of America estão conduzindo de forma dura e rápida.
Apesar de todo o recente drama, algumas pessoas esperam que a internet continue livre, permitindo que a indústria do entretenimento para ganhe mais dinheiro. Como a PC World dos EUA informou recentemente, o proeminente capitalista de risco Fred Wilson, que tem laços com o governo dos Estados Unidos e com a indústria de tecnologia, está sonhando com um novo quadro de parcerias de indústrias de conteúdos.
"Nós podemos ajudar uns aos outros", escreveu Wilson.
Por PC World (US)
(Christina DesMarais)
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