Segundo pesquisa, os medicamentos para tratamento da disfunção erétil masculina e anabolizantes lideram a lista de falsificações que entram no Brasil.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 30% dos medicamentos que circulam no Brasil são remédios falsificados. O artigo “Falsificações de medicamentos no Brasil” procurou identificar os principais medicamentos falsificados apreendidos pela Polícia Federal e os estados nos quais ocorreram apreensões. O estudo foi publicado na edição de fevereiro de 2012 na Revista de Saúde Pública.
As autoras Joseane Ames, da faculdade de farmácia PUC-RS e do programa de Pós-graduação em Química da UFRJ, e Daniele Zago Souza, do setor técnico-científico da Superintendência no Estado do Rio Grande do Sul - departamento de Polícia Federal, realizaram um estudo retrospectivo e descritivo dos laudos periciais da Polícia Federal. A pesquisa analisou os medicamentos contrafeitos apreendidos entre janeiro de 2007 e setembro de 2010. As especialidades farmacêuticas Viagra® (Pfizer) e Cialis® (Eli Lilly) foram os principais alvos de contrafacção: cerca de 69,0% das apreensões em 2007 e 2008 e 64,0% em 2009 e 2010, com média de 66,0% das apreensões no período (Figura 2B). Durateston® (Organon) e Hemogenin® (Sanofi-Aventis), ambos esteróides anabolizantes, contribuíram com 8,9% e 5,7% das apreensões, respectivamente, e os demais com menor prevalência.
De 401 medicamentos inautênticos Viagra® e Cialis®, 372 passaram por exames químicos completos. Grande parte das unidades de Cialis® apresentou como princípio ativo o citrato de sildenafila em vez de tadalafila, seu constituinte original (Tabela 2).
As autoras Joseane Ames, da faculdade de farmácia PUC-RS e do programa de Pós-graduação em Química da UFRJ, e Daniele Zago Souza, do setor técnico-científico da Superintendência no Estado do Rio Grande do Sul - departamento de Polícia Federal, realizaram um estudo retrospectivo e descritivo dos laudos periciais da Polícia Federal. A pesquisa analisou os medicamentos contrafeitos apreendidos entre janeiro de 2007 e setembro de 2010. As especialidades farmacêuticas Viagra® (Pfizer) e Cialis® (Eli Lilly) foram os principais alvos de contrafacção: cerca de 69,0% das apreensões em 2007 e 2008 e 64,0% em 2009 e 2010, com média de 66,0% das apreensões no período (Figura 2B). Durateston® (Organon) e Hemogenin® (Sanofi-Aventis), ambos esteróides anabolizantes, contribuíram com 8,9% e 5,7% das apreensões, respectivamente, e os demais com menor prevalência.
De 401 medicamentos inautênticos Viagra® e Cialis®, 372 passaram por exames químicos completos. Grande parte das unidades de Cialis® apresentou como princípio ativo o citrato de sildenafila em vez de tadalafila, seu constituinte original (Tabela 2).
Alguns medicamentos não apresentaram nenhum ingrediente ativo. Elas utilizaram a classificação da OMS para medicamento contrafeito, ou seja, “aquele deliberada e fraudulentamente alterado em sua identidade e/ou origem”. A falsificação é maior em regiões na quais a regulamentação e a aplicação de sistemas para fiscalização de medicamentos são menos rígidas, argumentam. Além disso, de acordo com a OMS, fatores como falta de legislação adequada, déficit na fiscalização, sanções penais fracas, situações de maior demanda do que oferta e altos preços contribuem para a prática, afirmam as especialistas.
De acordo com a pesquisa, os estados do Acre, Espírito Santo, Pará, Paraíba, Piauí, Roraima, Sergipe e Tocantins não apresentaram laudos de medicamentos falsificados. Todavia, nos demais estados ocorreram apreensões e Paraná, São Paulo e Santa Catarina produziram o maior número de laudos de medicamentos inautênticos. A unidade pericial do Paraná ainda registrou o maior número de remédios falsificados, sendo 62% em 2010, acrescentam as autoras.
Segundo as especialistas, 69% dos medicamentos falsificados eram remédios que auxiliam no tratamento da disfunção erétil masculina, como Viagra® e Cialis®, seguidos pelos esteroides anabolizantes (26%). Alguns desses medicamentos não apresentaram nenhum ingrediente ativo durante os exames químicos, informam. A pesquisa ainda mostrou que 49% dos medicamentos contrabandeados eram da indústria paraguaia.
Joseane e Daniele alertam que “as falsificações de medicamentos representam alto risco sanitário, pois nenhum dos medicamentos contrafeitos é submetido aos testes de qualidade e eficácia exigidos pela Anvisa”. Esses medicamentos podem não produzir os efeitos terapêuticos desejados e ainda provocar o surgimento de reações clínicas inesperadas, explicam. Para minimizar o acesso da população a medicamentos falsos, as autoras propõem a ampliação das ações de repressão, fiscalização e educação pelas agências regulatórias da saúde, órgãos policiais e governo federal, pois “o consumo desses medicamentos causa enorme prejuízo aos pacientes e à saúde pública do país”, concluem as especialistas.
De acordo com a pesquisa, os estados do Acre, Espírito Santo, Pará, Paraíba, Piauí, Roraima, Sergipe e Tocantins não apresentaram laudos de medicamentos falsificados. Todavia, nos demais estados ocorreram apreensões e Paraná, São Paulo e Santa Catarina produziram o maior número de laudos de medicamentos inautênticos. A unidade pericial do Paraná ainda registrou o maior número de remédios falsificados, sendo 62% em 2010, acrescentam as autoras.
Segundo as especialistas, 69% dos medicamentos falsificados eram remédios que auxiliam no tratamento da disfunção erétil masculina, como Viagra® e Cialis®, seguidos pelos esteroides anabolizantes (26%). Alguns desses medicamentos não apresentaram nenhum ingrediente ativo durante os exames químicos, informam. A pesquisa ainda mostrou que 49% dos medicamentos contrabandeados eram da indústria paraguaia.
Joseane e Daniele alertam que “as falsificações de medicamentos representam alto risco sanitário, pois nenhum dos medicamentos contrafeitos é submetido aos testes de qualidade e eficácia exigidos pela Anvisa”. Esses medicamentos podem não produzir os efeitos terapêuticos desejados e ainda provocar o surgimento de reações clínicas inesperadas, explicam. Para minimizar o acesso da população a medicamentos falsos, as autoras propõem a ampliação das ações de repressão, fiscalização e educação pelas agências regulatórias da saúde, órgãos policiais e governo federal, pois “o consumo desses medicamentos causa enorme prejuízo aos pacientes e à saúde pública do país”, concluem as especialistas.
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