Os sites piratas que mais crescem no mundo são os que, de forma ilegal, transmitem ao vivo a programação da TV, revela um estudo da Google em parceria com a PRS for Music, organização inglesa de defesa dos direitos autorais. O crescimento foi de 61% em relação ao ano passado.
Jogos de futebol, reality shows e apresentações musicais são alguns dos principais eventos transmitidos por estes sites, que, em sua maioria, são sustentados por doações dos próprios usuários e por publicidade fornecida via redes online de anúncios. Grande parte tem presença mobile. E os links compartilhados em plataformas de redes sociais são as suas principais portas de entrada. Supreendentemente, a maior parte está localizada nos EUA.
Sobre as conclusões do estudo, Theo Bertram, diretor britânico de políticas da Google, declarou que a melhor forma de combater essa situação é focar nos anunciantes que exibem publicidade neste tipo de site.
A declaração do executivo da Google é um pouco tendenciosa. O Google Adsense é uma das poucas redes online de publicidade que tem uma política rígida de não exibir anúncios em sites que forneçam acesso a conteúdo considerado pirata.
E, pelo que os recentes acontecimentos têm mostrado, a melhor maneira de combater a pirataria é outra. Deixar os processos judiciais de lado e fornecer uma experiência tão boa ou melhor que tais sites.
Depois que serviços legais como Netflix, Hulu e iTunes passaram a aumentar a quantidade de material oferecido e a fornecer uma experiência mais atraente do que os “sites piratas de downloads”, o número de downloads ilegais de programas de TV e filmes tem caído.
A mesma tática promete dar certo no caso dos sites de transmissão ao vivo de programas televisivos. Ou seja, as emissoras precisam começar a pensar em uma estratégia de transmitir, de forma mais estruturada, os seus programas ao vivo na web e em dispositivos móveis.
Antes de tudo, é preciso lembrar que, em sua maioria, as pessoas não estão atrás de “pirataria”, mas de facilidade, de uma boa experiência com o conteúdo.
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