Secretário da pasta conversa nesta semana com servidores parados.
Sindicalistas reclamam da falta de propostas e do corte de ponto.
Servidores públicos federais em greve saíram insatisfeitos nesta terça-feira (14) das primeiras reuniões com o governo para negociar reajustes. Sem propostas convincentes, representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ocuparam a sala de reuniões do Ministério do Planejamento e impediram a negociação com outras categorias. O bloqueio começou por volta das 17h e acabou por volta das 19h30.
Com o protesto, o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, que conduz as reuniões, resolveu esperar em seu próprio gabinete o desbloqueio da sala de negociações. Ele foi designado pelo governo para conversar com todas as categorias nesta semana, a fim de encerrar as paralisações. Os grevistas reivindicam reajuste salarial e reestruturação de carreiras.
A primeira reunião começou às 10h com membros do Condsef (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal). A entidade pede que ao menos 18 categorias de Estado tenham suas remunerações corrigidas com base em uma tabela salarial diferenciada criada em 2010 para os cargos de estatístico, engenheiro, geólogo, economista, arquiteto.
A segunda reunião, marcada para as 15h, tratou das demandas dos servidores do MDA e do Incra – representados também pela Condsef.
O Planejamento, contudo, frustrou as expectativas dos trabalhadores e não apresentou proposta para nenhuma categoria. Segundo assessoria de imprensa da pasta, o governo escutou a pauta de reivindicações e ainda analisa o que poderá ser apresentado até a próxima semana.
Diante da posição do governo, por volta das 17h os representantes do MDA e do Incra se recusaram a deixar a sala onde ocorrem as reuniões. A atitude acabou atrasando as negociações com outros servidores. Para as 17h, estava previsto encontro com a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) e com Federação Nacional dos Servidores Federais (Finasef). Em seguida, às 19h, seria a vez da Associação dos Servidores da Fundação Oswaldo Cruz (Asfoc).
Os grevistas têm pressa em negociar com o governo porque termina no dia 31 de agosto o prazo para incluir reajustes com pessoal no Projeto de Lei Orçamentária. Qualquer aumento salarial negociado após essa data terá de aguardar o orçamento de 2014 para ser efetivado.
Fonte - G1
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