As 1.209 peças de marfim bruto, presas e um pequeno número de ornamentos de marfim foram descobertos em dois conteineres declarados como "sucata de plástico" e "feijão roscoco", enviados para Hong Kong no mês de Outubro/2012, segundo fontes da alfândega . O marfim contrabandeado, pesando 3,81 toneladas, se tornou a maior apreensão já realizada no continente asiático. A carga foi encontrada escondida entre sacos de sucatas de plástico e feijão por funcionários da Aduana de Hong Kong que investigavam uma denúncia de colegas da Aduana chinesa.
"A apreensão total alcançou o valor estimado de HK 26,7 milhões dólares ($ 3,4 milhões)," segundo a Hong Kong Customs Department , que destacou a intensificação dos esforços de cooperação com as autoridades chinesas do continente para combater o contrabando transnacional.
As autoridades chinesas continentais prenderam sete pessoas envolvidas , inclusive um residente de Hong Kong, relacionados à apreensão, segundo a emissora chinesa RTHK.
Sob legislação de Hong Kong, qualquer pessoa considerada culpada de importação de carga não manifestada (ou falsamente declarada) nesta grande metrópole do sul da China - maior hub port da região – pode ser condenado até sete anos de prisão e uma multa máxima de HK $ 2 milhões. Além disso, os culpados de importar, exportar ou possuir uma espécie animal ou vegetal em extinção para fins comerciais podem pegar até dois anos de prisão e multa máxima de 5 milhões dólares .
O comércio internacional de marfim do elefante, com raras exceções, foi proibido desde 1989, após as populações de elefantes africanos terem sido reduzidas de milhões - em meados do século 20 - até cerca de 600.000 no final da década de 1980. No entanto, um aumento do comércio ilegal de marfim tem sido alimentado por aumento na demanda da Ásia e do Oriente Médio, onde presas de elefante são utilizados em medicamentos tradicionais e para decoração.
A África é o lar de cerca de 472 mil elefantes, cuja sobrevivência está ameaçada pela caça ilegal e pela perda do seu habitat natural. (c)
2012 AFP
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