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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Equipe da Lancha Leão Marinho : 5 anos de Serviços Prestados no mais alto Grau de Excelência

Em 2011 a Equipe de Analistas que operam as lanchas Leão Marinho I e II completará 5 anos de atividades no Porto de Santos atingindo um resultado esplêndido nas atividades de prevenção e repressão de fraudes e ilícitos aduaneiros,  participando diretamente em várias operações que resultaram na apreensão de navios, iates, veleiros , veículos paraguaios irregulares , tendo participação preponderante na maior apreensão de drogas no Porto de Santos em 2010  (1.723 kgs de Cocaína ) , chegando neste ano ao montante estimado de  R$ 100.000.000,00  (Cem Milhões de reais) em apreensões !!!!!
A Alfândega do Porto de Santos dispõe de duas lanchas operadas por Analistas Tributários com as seguintes características :  48 pés de comprimento (14,72m), largura de 4,26m e calado total de 1,30m. Elas são dotadas de dois motores diesel Scania de 626 HP cada, podendo atingir velocidade máxima de 32 nós (cerca de 60 Km/h). Cada lancha pesa aproximadamente 18 toneladas, tem autonomia de 300 milhas náuticas (550 Km), acomoda seis servidores para pernoite, é blindada (resiste a impactos de projéteis de fuzil calibre 7,62mm) e está equipada com sistema de navegação digital (Radar, GPS e Ecobatímetro), piloto automático, rádios VHF e SSB, receptor de AIS (espécie de transponder marítimo), além de uma câmera estabilizada SeaFLIR II com visão diurna e noturna (amplificação de luz) com zoom de até 40 vezes, visão termal (infra-vermelho) com zoom de até 32 vezes, rastreamento automático de alvos e dispositivo para gravação das imagens. 
Nesses anos também ocorreram dificuldades, como as negociações com o fabricante das lanchas para a obtenção de consertos ou troca de peças que estavam na garantia, na difícil e custosa manutenção das embarcações, na busca e preservação de uma equipe fixa de analistas que nem sempre podiam se dedicar em período integral e que em inúmeras vezes foram desviados para serviços burocráticos.  O que culminou,  após muita luta dos servidores envolvidos , com a edição da Portaria RFB  nº 2.364, de 14 de dezembro de 2010, que regulamentou a atividade  impondo a manutenção de uma equipe mínima de tripulantes e na elaboração do Plano Local de Operações Náuticas , com a introdução de metas anuais.
Segundo nosso Comandante Luis Henrique estas são as características procuradas nos analistas que  desejem se aventurar neste trabalho  :  “ nem sempre esse trabalho tem tanto “glamour”. Normalmente ele é bastante extenuante, com um componente físico acentuado, incluindo o enfrentamento eventual de condições adversas de mar. Apesar de não precisarmos de um “marine”, algumas características são mandatórias, tais  como agilidade e equilíbrio para embarcar e desembarcar entre dois meios flutuantes, alguma força física para lidar com os cabos de amarração e defensas (somos todos marinheiros), alguma resistência ao enjôo e aquilo que chamo de “aquacidade”, ou seja, um bom relacionamento com a água. Ninguém precisa ser exímio nadador, mas deve ser capaz de sobreviver e se deslocar no mar. O mínimo exigido pela Marinha é a capacidade de flutuar 15 minutos (sem qualquer dispositivo de ajuda) e nadar 25 metros (teste feito no mar). A habilidade em colocar máscara e nadadeira e cortar cabos ou redes enroscados nos hélices também será apreciada”, e também o Curso de Arrais e Mestre Amador , é claro !!!!
Assim, esta postagem é uma singela homenagem a esta tripulação – Luis Henrique, Tioyama,  Zé Carlos,  Renato,  Ferrari,  Marini,  Lapetina, Tom  e outros  - que durante estes anos se dedicaram ao duro, perigoso e ao mesmo tempo técnico e minucioso trabalho de fiscalização aduaneira nas águas do Porto de Santos;  sem esquecer da atuação da Chefia da DIVIG neste período, que deu todo respaldo necessário para que este projeto vingasse e não ficasse estagnado como em outras regiões fiscais.
“Existem homens que lutam um dia e são bons; existem outros que lutam um ano e são melhores; existem aqueles que lutam muitos anos e são muito bons. Porém, existem os que lutam toda a vida. Estes são os imprescindíveis.”
– Bertolt Brechet

Um comentário:

Cesar disse...

Este trabalho (de analista!) só dignifica o cargo de ATRFB e nos enche de orgulho por pertencermos a ele! Parabéns a esta valorosa equipe!