A Receita foi esquecida no Plano Estratégico das Fronteiras, conforme bem articula a nossa Presidente Silvia Felismino :
"O que chamou a atenção no Plano Estratégico de Fronteiras foi a ausência da Receita Federal, que evidencia uma situação que o Sindicato Nacional dos Analistas Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita) vem denunciando nos últimos anos: a distância entre as ações da administração central da Receita Federal e as políticas prioritárias do governo."
"Cabe destacar que a Receita Federal, de acordo com a legislação, tem precedência sobre os demais órgãos no controle aduaneiro. É, portanto, no mínimo, estranha essa situação, já que prioritariamente o órgão e seus servidores são os responsáveis por controlar a entrada, a permanência, a movimentação e a saída de pessoas, veículos e mercadorias de portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados, ou embarque e desembarque de viajantes, procedentes do exterior ou a ele destinados."
"Na prática, a mudança no Regulamento Aduaneiro retira os analistas tributários das atividades de fiscalização, controle e combate ao contrabando, tráfico de armas, drogas, munições e outros crimes. A própria direção do órgão parece não se importar com o fato de que em muitos pontos da fronteira a presença do Estado brasileiro é exercida apenas por analistas tributários, que são os responsáveis pelas ações de vistoria veículos, bagagens e demais atividades de controle aduaneiro, que estão deixando de ser executadas."
"Essa medida é mais um exemplo das contradições internas da Receita Federal, que ao tomar decisões dessa natureza fragiliza ainda mais o já comprometido trabalho de fiscalização nas fronteiras e, ao invés de melhorar a atuação do Estado, age na contramão da solução desse grave problema."
"Em meio a tantas denúncias, é ainda mais constrangedor perceber que, em reforço à visão tosca que a administração central tem sobre a área aduaneira, parte das soluções para os problemas emperra no corporativismo exacerbado de gestores que fazem a opção por defender privilégios de uma categoria de servidores, tendo a oportunidade de decidir em favor da sociedade e do País."
"Neste momento em que a fragilidade da aduana brasileira está exposta, é preciso também ficar atento a atitudes oportunistas de grupos interessados muito mais em manter a situação atual do que realmente agir em favor da sociedade."
Mas mesmo assim o Analista, chamado pelo Fantástico de " o Agente da Receita Federal", se arrisca em terra na perseguição de contrabandistas, realizando o seu trabalho em conjunto com os colegas Auditores/Pilotos dos Helicópteros da RFB, ignorando o desprezo e corporativismo de pessoas que não tem nenhum compromisso com o Brasil.
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