O Brasil é um dos países mais presentes na rota de traficantes, falsificadores e contrabandistas. São bolsas, relógios, roupas de grifes, perfumes, tênis e muitas outras coisas, que entram todos os dias no país burlando leis e impostos, mas nos últimos tempos, é a falsificação de remédios que tem causado pânico.
Um crescente número de casos tem preocupado autoridades, fabricantes e consumidores de medicamentos. Essas quadrilhas de falsificadores e contrabandistas alteram importantes substâncias utilizadas em tratamentos contra câncer, disfunção erétil, psicopatias, doenças cardíacas e infecções graves como meningite. Agindo com extrema crueldade, os falsários escolhem remédios de alto custo, que são comercializadas no mercado paralelo com valores que representam, cerca de 30% a 40% menos do preço de mercado, mas nas farmácias são vendidos pelo mesmo preço dos originais.
O princípio ativo dos remédios é substituído e pode provocar inúmeras reações adversas ou simplesmente não causam efeito algum, permitindo que a doença avance, causando até a morte do paciente. Esses medicamentos são produzidos sem qualquer tipo de fiscalização, na maioria das vezes em países como Paraguai e China, e não passam pelo controle de qualidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), responsável pelo monitoramento de todas as etapas de fabricação.
O lucro obtido com o contrabando e a distribuição de medicamentos falsos e ilegais é exorbitante. Esse mercado paralelo pode responder por quase 20% dos remédios comercializados no país; e de acordo com o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), chega a movimentar anualmente até 8 bilhões de reais. Em apenas dois anos, a apreensão de remédios falsificados teve um aumento de 20 vezes, chegando a 400 toneladas de produtos confiscados, pesquisas mostram que 10% dos medicamentos comercializados no mundo são falsos e isto deve gerar um ganho de, aproximadamente R$ 75 bilhões de dólares às quadrilhas.
Na tentativa de alertar farmacêuticos e pacientes, laboratórios chegam a divulgar cartazes com fotos de seus medicamentos ao lado dos medicamentos falsificados salientando os detalhes nas embalagens verdadeiras, como o registro do fabricante. É preciso ter muito cuidado e atenção! Casos de mortes já foram registrados em todo Brasil e no exterior, por isso, só se pode comprar remédios nas farmácias e exigir a nota fiscal. Se houver desconfiança, a denúncia pode ser feita e as autoridades responsáveis devem ser acionadas, pois somente a união e colaboração de laboratórios e pacientes podem ajudar a inibir a ação dos bandidos.
Fonte: Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial
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