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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Brasil realiza nova "Operação Ágata" nas fronteiras com 4 países

As Forças Armadas brasileiras começaram a desdobrar nesta terça-feira nas fronteiras com Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia um contingente de cerca de 9.000 soldados, que até o final do mês realizarão manobras e reforçarão a segurança na região.
Apesar do caráter de exercícios militares da chamada "Operação Ágata", as tropas participarão de tarefas de combate ao contrabando e ao tráfico de drogas, entre outros delitos comuns nas áreas de fronteira, segundo informou o Ministério da Defesa.
Esta operação, que combina manobras com ações reais ao longo de cerca de 4.000 quilômetros de fronteiras, é realizada anualmente desde 2007 e mobiliza pessoal de Exército, Marinha e Aeronáutica, junto com agentes da Polícia Federal e dos organismos de segurança locais e regionais.
Os militares também realizarão diversas atividades de cunho social, como campanhas de vacinação e atendimento médico das povoações com menores recursos, assim como de vigilância sanitária.
A presidenta Dilma Rousseff ordenou a Amorim a execução da Operação Ágata 5. "A ação visa a reforçar a presença do Estado na fronteira com a Bacia do Prata", disse Goellner. Segundo ele, as fronteiras serão fortemente guarnecidas e como consequência o tráfico de drogas e o contrabando devem ser "sufocados".
Para Samuel Alves Soares, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (Abed), a decisão de ampliar o número de homens armados na região de fronteira pode ser entendida como uma mensagem da disposição de aumentar a força brasileira.
"Os países [vizinhos] podem interpretar que é uma demonstração de força. [Essa operação] tem um simbolismo, um peso, que pode ser entendido de outra maneira", disse. Segundo o ministro da Defesa, Celso Amorim, todos os países da região estão a par das operações. "Todos os Estados vizinhos foram previamente avisados, informados, e convidados a enviar observadores [para a operação]", disse Amorim, no 6º Encontro Nacional da Abed, em São Paulo.
A Operação Ágata 5 deve ser concluída na segunda quinzena de agosto, com a desmobilização dos setores envolvidos na fiscalização, de acordo com informações contidas no site do Ministério da Defesa.

FONTE - EFE e BBC

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