Brasília - Foi frustrante para o governo a primeira notícia recebida dos
servidores federais, após o esforço de negociações para pôr fim à greve
que tumultua os serviços públicos há mais de três meses. Servidores da
Polícia Federal, primeiros a concluírem a consulta às bases nos estados,
recusaram nesta segunda a proposta de 15,8% de reajuste, em três
parcelas anuais de 5%. Decidiram preparar calendário de greves e
protestos até o fim do ano.
Como consequência, serviços como emissão de passaportes e de registro
de armas ficarão ainda mais prejudicados em locais como São Paulo,
Brasília e Rio de Janeiro, onde há grandes filas. Serão afetadas
investigações de rotina e operações de combate à corrupção e ao crime
organizado. O controle do tráfico de drogas e armas nas fronteiras
também deve ser prejudicado.
A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) informou que a
categoria dispensa o reajuste e não abre mão da reestruturação da
carreira e sua equiparação com as demais categorias de nível superior.
"Desde o início deixamos claro que não estamos negociando índice, mas
sim a reestruturação da carreira. Não queremos esse aumento, nossa luta é
antiga e independe desse prazo de 31 de agosto", afirmou o diretor de
Estratégia Sindical da entidade, Paulo Paes.
Fonte - http://exame.abril.com.br
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